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Tipos de custo em avaliações econômicas em saúde

Entre os principais estudos econômicos em saúde estão as análises de custo-minimização, custo-efetividade e custo-utilidade. Em estas análises são comparadas diferentes tecnologias em termos de custos e dos resultados advindos da sua utilização. Assim, uma etapa fundamental de um estudo econômico é o levantamento dos custos da doença ou tratamento no qual será utilizada a tecnologia em avaliação.

 

Um paciente com câncer, por exemplo, irá a consultas, utilizará medicamentos, fará exames e poderá ser hospitalizado. Ainda que pareça que todos os custos estão sendo contemplados nos que citamos, se este paciente era um trabalhador e, por causa da sua doença, faltou ao trabalho ou se aposentou precocemente, ele estará gerando custos adicionais para seu empregador ou para a sociedade, em decorrência da sua improdutividade.

Os custos são então classificados em diferentes categorias. A primeira diferença é feita entre o que chamamos de custos diretos e custos indiretos.

 

Custos diretos

Os custos diretos são aqueles diretamente relacionados ao tratamento ou à doença em questão. Eles se subdividem ainda em custos diretos médicos e custos diretos não médicos. Os custos diretos médicos são compostos por consultas, honorários, exames, medicamentos, hospitalizações, cirurgias, etc. Já os custos diretos não médicos são aqueles não relacionados diretamente com o tratamento ou a doença, por exemplo, os custos de transporte do paciente até o hospital ou à consulta, os custos fixos do hospital, como aluguel, contas de água e luz, rouparia etc.

 

Custos indiretos

Os custos indiretos são aqueles gerados pela perda de produtividade ou pela morte precoce dos pacientes. Um paciente em tratamento para alguma doença pode não conseguir exercer suas funções laborais, por diversos motivos. Isto pode levar a faltas ao trabalho ou a se aposentar precocemente. Este tipo de custos são chamados de custos indiretos, importantes para o empregador, para a previdência social e para a sociedade.

 

Perspectiva da análise

Antes de identificar os custos, devemos definir qual a perspectiva da análise.

A perspectiva de um estudo diz respeito ao ponto de vista em que a análise é desenvolvida. Entre as principais perspectivas em estudos econômicos em saúde, destacam-se o Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde, operadoras de planos de saúde, hospitais, empregadores, pacientes e a sociedade.

A perspectiva, além de definir quais custos serão considerados, também irá influenciar a forma como cada item será precificado. No Brasil, ao utilizarmos a perspectiva pública ou privada, teremos diferentes custos finais.

Quais custos considerar em uma análise econômica?

Imagine que um paciente com câncer já está afastado de seu trabalho há 7 dias. Ele está em sua casa, pagando uma pessoa para lhe ajudar. No dia da consulta, eles pegam um ônibus. O médico decide que ele precisa ser encaminhado à emergência para realizar exames de sangue e de imagem. Ele permanece hospitalizado por cinco dias e recebe alta. Após a alta, utiliza dois medicamentos prescritos pelo médico: um comprimido analgésico e um medicamento injetável.

Ao avaliarmos os custos na perspectiva do Sistema Único de Saúde, a perda de produtividade, os custos do acompanhante e o transporte não serão pagos pelo Ministério da Saúde, logo, não entrariam na análise. Estes itens seriam considerados na perspectiva do paciente. Já sob a perspectiva de uma operadora de planos de saúde, os resultados seriam semelhantes aos da pespectiva do SIS, exceto pelos analgésicos orais já que as operadoras não necessariamente os reembolsam. A perspectiva mais abrangente é a da sociedade, que considera todos os custos, diretos e indiretos, referentes a uma tecnologia ou doença, independente de quem será responsável pelo pagamento das despesas.